sexta-feira, 24 de outubro de 2014

LEIAM COM ATENÇÃO

[...]

E de repente você olha para sua vida e sente um clique, mas isso não é instantâneo, não é uma coisa que se decide de uma hora para outra. Na verdade, comigo foi como um copo, ele já esteve vazio um dia, mas de gota em gota, foi enchendo devagarinho, chegou a metade, chegou a borda e transbordou. Foi aqui que veio o tal do "Clique", onde eu pisquei, e percebi quais eram as minhas reais necessidades. 

Sabe quando você olha para sua própria vida e vê que tudo esta numa completa desordem, emocional, profissional, psicológica, em fim, uma grande bagunça que nem você mesmo se acha capaz de arrumar? 

Bem, a minha vida esta assim, e não é de hoje. E eu, como boa ser humana que sou, vinha empurrando com a barriga, passando por cima de uma coisa ou outra, levando a diante, mas chega uma hora que não da mais, que você tem que arregaçar as mangas, arrumar tudo e principalmente, decidir o que é prioridade para você, e eu estou fazendo isso. 

A alguns meses venho percebendo que eu estou perdendo as rédeas da minha própria vida, que nada mais esta fazendo sentido e que eu preciso dar um jeito em tudo isso. Preciso arrumar um emprego novo, preciso me dedicar aos meus estudos, organizar meus botões, minha cabeça e meu coração. Eu estou totalmente descontrolada, não aproveito bem o meu tempo, vivo correndo não sei como nem porque, me sinto confusa e desordenada e quero dar um jeito nisso. 

Por isso, é com uma imensa dor no coração que venho comunicar que vou parar de escrever aqui no blog, como disse a cima, não estou tendo tempo, nem cabeça para isso. Sinto que não estou mais me dedicando tanto quanto antes, também não sinto tanto ânimo de fazer minhas histórias, além do mais, preciso EXTREMAMENTE me dedicar aos meus estudos que ficaram de lado, em fim, preciso dar um jeito na minha vida meninas. 

Acho que todas aqui perceberam que não estou mais tão empenhada quanto antes, falto muito, estou distante, e acho que isso esta refletindo nos capítulos, por tanto, acho melhor parar do que fazer uma coisa mal feita. 

Eu preciso de um tempo, preciso colocar minha vida no lugar, e por mais que eu ame escrever e postar aqui, isso não esta mais cabendo na minha vida. 

Porém, é claro que isso não é um fim definitivo, não vou parar de escrever para sempre, até porque me lembro de cada palavra de incentivo vinda de vocês, de cada vez que me disseram "Você tem que escrever um livro, serei a primeira a comprar!" e eu sinto muito por estar decepcionando vocês de alguma forma, por deixar a história de Pedro e Sophie inacabada, por não ter condições de continuar. 

Devo confessar que essa vontade de parar vem desde o fim de "Além dessa Vida", e só não parei ali por causa de vocês, só que não consigo mais. 

Esta doendo em mim, porque quem teve a oportunidade de me conhecer melhor sabe o quando essas histórias são importantes para mim, o quanto vocês, minhas leitoras fieis são importantes para mim e o quanto o simples fato de postar aqui todos os dias me fazia feliz. Eu AMO a escrita e não vou abandoná-la nunca, mas neste momento, tenho que dar prioridade a outras coisas, espero que me entendam. 

Não vou fazer como das outras vezes, prometendo voltar tal dia, tal mês, tal ano... É melhor deixar assim, sem expectativas pra vocês nem para mim. Mas quero agradecer por cada momento que passaram aqui comigo, cada dia, cada comentário, cada elogio, cada sorriso, tudo isso ficará pra sempre guardado em minha memória, junto com as melhores lembranças da minha vida. 

Me desculpem mais uma vez, 

Eu amei cada letra, amo, e vou amar para sempre. 

Espero que me entendam e que... Bem, os laços não se percam, porque ainda temos Luan para nos unir certo?

Eu sei que vocês devem estar meio surpresas, afinal foi tão de repente, mas acreditem, estou fazendo o que tinha que ser feito. 

E eu espero de coração, que vocês nunca se esqueçam das Fics, que continuem relendo e indicando para quem ainda não leu, ou seja, que mantenham vivo nosso mundinho de sonhos, porque eu também, sempre que puder, estarei voltando aqui para relembrar os bons momentos. 

Então é isso, quem quiser falar comigo já sabe, só me procurar no Twitter @Luansmyway (por motivos de eu ainda estar sem whats #LágrimasDeSangue kkkkkk )

OBRIGADA, e Até qualquer dia! 

PS: Quem sabe a próxima vez que lerem alguma coisa minha não vai ser mesmo no tal do livro? kkkk' 


Beijokas da escritora mais orgulhosa do mundo... 


Mayara Rodrigues. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Dobradinha: Capítulo 30 & Capítulo 31

[...]

-Porque não liga pra ele e marcam de jantar hoje mesmo? Ainda da tempo. - Pedro falou irônico, mais uma vez, perdendo a paciência de um segundo para outro. 
-Porque eu não quero fazer isso. - Ela respondeu natural. 
-Ah, não vai fazer essa desfeita com o advogadozinho, ele te mandou flores, tenho certeza que seu pai adoraria a ideia! - Pedro estava cada vez mais sarcástico e ela já tinha visto aquela cena algumas vezes. 
-O que conversamos hoje sobre ser menos raivoso? - Ela jogou o buquê sobre o sofá e colocou as duas mãos na cintura olhando pra ele. 
-Eu não sei ser diferente. 
-Mas devia tentar ser. - Ela retrucou - Eu poderia fazer a "menina fútil" agora e dizer, "E daí se eu fosse jantar com o Otávio?", mas não vou fazer isso Pedro, porque não sou mais uma pré adolescente, e não vou me vingar porque você não pode ficar comigo essa noite. Nós passados o dia todo juntos, foi maravilhoso, e eu jamais faria isso com você, nem comigo mesma. - Ela caminhou até ele o puxando pela jaqueta, fazendo seus rostos ficarem bem próximos - Fora que já devia saber que esses tipos engomadinhos que mandam flores caríssimas não me impressionam em nada. Eu prefiro os malvados, mal vestidos, que roubam flores dos vizinhos só pra manter as aparências. 

Ele a observou por um momento, ali, bem perto, podia ver melhor seus olhos verde esmeralda e as sardinhas espalhadas pelo nariz que a deixavam ainda mais charmosa, depois admirou sua boca pequena, rosada e muito, mas muito convidativa:
-O problema não é você Sophie, é a insistência dele, já disse não uma vez, ou várias vezes, acho que já basta. - Ele continuou sério. 
-Não quero ser grosseira com ele, é o braço direito do meu pai e ... 
-Ah, agora esta explicado. - Ele abriu os braços e se afastou dela - Aposto que é seu pai que encoraja essa insistência. 
-Tanto faz! - Ela também já estava perdendo a paciência.

Agora estavam afastados, um num canto da sala, outro no outro canto, calados. E nesse momento foi que ele chegou a conclusão de que não podia brigar com ela, não por causa de uma coisa a toa, por causa de seu pavio curto, ela era linda, incrível e não tinha culpa de ser assediada por todos, além do mais, que direitos ele tinha sobre ela? Isso mesmo, nenhum. 

-Desculpe. - Ele se aproximou dela novamente - Eu sei que as vezes eu fico... bem... meio descontrolado. Me desculpe. 
-Não se desculpe. - Ela voltou a olhá-lo - No fundo é bom saber que eu... - ela procurava bem as palavras - Desperto algum sentimento em você. 
-Em outras palavras, é bom saber que eu tenho ciúmes de você, certo? - Ele confessou sorrindo e a deixando envergonhada. 
-Se você está dizendo. - Ela deu de ombros e se abraçaram forte. 
-Mas agora eu tenho mesmo que ir. - Ele saiu do abraço e a olhou nos olhos. 
-É, você já disse isso algumas vezes. - Ela brincou. 
-É difícil ir embora e te deixar, especialmente quanto se tem concorrência. - Ele fez careta, ela sorriu. 
-Pode ficar tranquilo, você já marcou mais território do que imagina. - Ela segurou as mãos dele. 
-Muito bom saber disso. - Segurou-a pela nuca e a beijou por um momento - Espero que tenha gostado de tudo, de hoje. 
-Eu amei, cada segundo. - Ela fechou os olhos, encostando sua testa na dele - Vamos fazer isso mais vezes? - Ela perguntou baixinho e o coração dele apertou, aquela pergunta era difícil de responder se tratando do fato de que ele não sabia o que aconteceria no dia seguinte. 
-Acho que sim. - Falou apenas isso - Tchau, se cuida ta? - Pediu num tom protetor. 
-Pode deixar. Vou ficar aqui esperando você aparecer de novo. - Ele se dirigiu até a porta e ela ficou parada no meio da sala. 
-Eu volto, eu sempre volto, nunca se esqueça disso. 

E quando ela piscou, ele já tinha sumido, ouviu-se apenas o barulho da moto cortando as ruas em alta velocidade. Então ela permitiu se jogar no sofá e ficou ali, sonhando e revivendo tudo que tinha acontecido naquele dia, cada segundo, cada momento, até que olhou para o lado e viu o buquê de rosas jogadas ao seu lado:
-Zuma! - Gritou e a mulher apareceu em questão de segundos. 
-Oi menina.
-Joga isso aqui fora por favor. - Entregou. 
-Mas porque? -  mulher baixinha, meio oriental e de meia idade, perguntou com pesar. 
-Porque não preciso delas, nem do dono delas complicando a minha vida. - Respondeu somente isso.

E enquanto Zuma sumia com as rosas de Otávio, ela resolveu mandar uma mensagem para o mesmo dizendo: "Oi Otávio, recebi as rosas, são realmente lindas, obrigada pela gentileza. Quanto ao jantar, vai ter que ficar para um próxima, não estou me sentindo muito bem hoje, acho que é enxaqueca, me perdoa? Obrigada de novo e um beijo." 

Bastou alguns segundos para que ele respondesse:

"Que bom que gostou Sophie. Mas me deixou preocupado, esta muito mal? Quer que eu vá até ai? Posso te levar ao médico..." 

E ela mandou de volta:

"Não, não precisa se preocupar, vou me deitar um pouco agora e vai passar. Obrigada mesmo assim."

E assim, encerrou-se a conversa. Ela jogou o celular pra lá e pode voltar a sonhar com Pedro:
-Meu malvado favorito. - Brincou e sorriu. 
...
Enquanto isso, Pedro cortava as ruas do Rio de janeiro e já tinha um destino certo, o escritório de Augusto. A noite já tinha caído completamente, e quando chegou lá, ele tratou de se camuflar entre as sombras para não ser visto. Não tinha lua naquela noite e o "breu" era quase total, do jeito que ele queria. 

Pensou um pouco, imaginou que no estacionamento, assim como na frente do prédio tivessem várias câmeras de segurança, então resolveu se posicionar na esquina e torcer para que Otávio virasse para o lado esquerdo quando saísse, que era o lado onde ele estava. 

Algum tempo se passou, alguns veículos saíram do estacionamento, mas nenhum deles era Otávio, Pedro tinha certeza. Depois, o carro de Augusto também saíu, virou justamente para a esquerda mas nem viu que Pedro estava ali, então foi embora. Mais algum tempo se passou, as luzes do prédio começaram a se apagar, e em segundos, um carro prata, que não era nada mal, saiu devagarinho do estacionamento, era ele.

-Vamos, vire para cá, vire para cá. - Pedro resmungava baixinho enquanto colocava o capacete e ligava seu motor. 

E como obra do destino, Otávio virou mesmo para a esquerda do jeito que ele queria. Então, no milésimo de segundo certo, Pedro apareceu de surpresa no meio da estrada fazendo Otávio frear bruscamente a centímetros dele:
-Que isso? Ta maluco? - Otávio reclamou colocando a cabeça para fora da janela. 

Então, Pedro parou a moto que estava na frente do carro de Otávio tampando sua passagem, desceu e caminhou até ele que se encolheu lentamente para dentro do veículo novamente. Pedro abaixou-se na altura da janela dele até ficarem bem próximos, mas não tirou o capacete, não poderia ser reconhecido:
-O que foi que você disse? - Perguntou em um tom assustadoramente natural.
-Você me fechou, quase te atropelei. - Otávio falou encolhido.
-Sorte sua que não atropelou. Mas fez coisa pior. - Pedro o fuzilava com seus olhos negros. 
-Olha cara, eu não quero brigar. Não aconteceu nada, estamos todos bem, pode em deixar passar agora? - Otávio começou a suar, Pedro sorriu, ele era um cobarde. 
-Eu também não quero brigar, só tenho uma pergunta a fazer. 
-Pergunta? - O advogado não entendia. 
-Antes eu quero que saia do carro. - Pedro ordenou.
-Sair? Pra que? - A essa altura Otávio já estava tremendo de medo. 
-Saia do carro. - Pedro ordenou pausadamente. 

Então Otávio saiu, os olhos estavam arregalados, a testa suada, Pedro sentiu vontade de gargalhar:
-Olha, se isso for um assalto, pode levar o carro. - Otávio se entregou. 
-Não, isso não é um assalto, como eu disse, só quero fazer uma pergunta. - Ele se aproximou de Otávio, o prendendo entre o carro e seu próprio corpo que era uma muralha - Você por algum acaso mandou flores para alguém hoje? - Pedro perguntou sutil. 
-Ãh? Flores? 
-É, flores. "Rosas vermelhas para a garota dos cabelos vermelhos" - Repetiu a frase do cartão - Refresquei sua memória agora? 
-Sophie... - Ele gemeu baixinho. 
-Isso mesmo. Agora pare de tremer e me ouça! - Pedro o segurou pela gola da camisa - Não insista mais, ela não quer sair com você me compreendeu? 
-Que... Quem é você? Como sabe disso? 
-Eu sei de muitas coisas, e sei também que não tivemos um acidente hoje, mas vamos ter se você não me obedecer. - E assim o soltou - Outra coisa, esse assunto fica entre nós, entendeu?

Otávio não conseguiu dizer mais nada, apenas olhava o cara de capacete:
-Entendeu? - Pedro perguntou mais alto. 
-Entendi. - Otávio engoliu em seco. 
-Ótimo, até mais. 

E depois disso, naturalmente, Pedro foi embora. Quanto a Otávio, precisou de alguns minutos parado ali para se recompor e poder seguir seu caminho, mas nunca tinha passado um susto tão grande e agora estava encafifado, se perguntando quem poderia ser aquele homem e como ele sabia sobre as flores. 

Quando chegou em casa, tomou um copo de água com açúcar para se acalmar, enquanto pensava no que fazer, dar queixa a policia? Contar para Augusto? Ou mesmo para Sophie? Mas e se o motoqueiro voltasse? e se cumprisse a promessa de causar um acidente a ele? Não podia se arriscar desse jeito, então resolveu guardar o segredo e esfriar os trabalhos com Sophie - que já estavam mais frios que o polo sul, de qualquer maneira. 
...
Pedro foi para casa gargalhando, lembrando-se da cara de pânico de Otávio:
-Idiota, é um frouxo mesmo, eu nem apontei uma arma pra ele e já estava me entregando o carro. Ainda acha que pode ter uma mulher como Sophie. - Comentava sozinho enquanto tirava os sapatos após chegar ao galpão. 

Foi nesse momento que seu celular tocou, era Tony, e ele atendeu mesmo se querer:
-Onde você esta garoto? Não apareceu por aqui hoje. - O tom de Tony era natural. 
-Estou me sentindo meio mal hoje, é o estômago. - Pedro fez uma voz de doente, não estava com ânimo de ver Tony naquela noite. 
-Precisa de ajuda? Me diga onde esta e eu... 
-Não, não, já tomei uns remédios, vai passar. - Pedro preservava seu esconderijo com a vida, nem mesmo Tony sabia onde era. 
-Tudo bem, se pior me ligue. Melhoras. 

E sem nada mais dizer o chefe desligou. Pedro suspirou aliviado, não poderia estragar aquele dia maravilhoso com a presença de Tony nele, lhe enchendo o saco por causa da missão. Então tomou um bom banho e jogou-se na cama, pegando logo no sono e sonhando com Sophie, claro.

[...]

-Bom Dia para o amigo mais lindo deste universo todo! 

Essa era Sophie chegando na Precious por volta das 15:00 da tarde, quando sua quarta feira realmente começou. 

-Bom Dia? Boa tarde você quer dizer né. Pode me explicar o porque de ter desligado o celular o dia inteiro ontem? - Davi, que estava sentado no escritório da boate em meio a milhões de papeis parecia indignado. 
-Resolvi me dar o dia de folga ontem, e quando falo isso, quero dizer folga do mundo, das pessoas, da boate, em fim, de tudo. - Ela acomodou-se na frente dele, sorridente.
-Até do seu melhor amigo? Fiquei preocupado sabia? Liguei na sua casa e a Zuma me disse que saiu cedo, mas você nunca sai cedo! 
-A não ser quando Pedro me acorda com uma rosa branca na mão me chamando pra sair. - Ela explicou com olhinhos brilhantes. 
-O que? Como assim a Zuma não me contou esse detalhe? Ele foi lá e te acordou? Assim? Pela manha como um cara romântico faria? - Davi largou os papeis e focou só nela. 
-Exatamente, Zuma não te contou porque ela foi cúmplice, deixou ele entrar, subir até ao meu quarto e... 
-Ai vocês fizeram um amorzinho matinal só pra quebrar a rotina. - Ele completou sorrindo antes que ela terminasse. 
-Davi! - Ela ficou envergonhada - Nada disso, ele me chamou para sair e passamos o dia num parque de diversões, acredita? 
-Acredito porque você esta radiante como uma criança. 
-Foi maravilhoso, você não tem noção! Ele se mostrou tão... tão... - Ela não encontrava as palavras. 
-Carinhoso? Apaixonado? - Davi sugeriu com toda a sua inteligencia. 
-Isso! 
-É, parece que ele esta mesmo a fim, mas ainda não me conformei com aquela história mal contada da viagem que não aconteceu e desse mistério todo sobre ele mesmo, o que faz, onde mora, o que é essa coisa tão grave que ele não pode contar jamais. - Davi repetiu o que já tinha alertado a Sophie outras vezes. 

Sophie calou-se por um instante diante dessa declaração do amigo, ela também não entendia nada de todas essas coisas e quando parava para pensar, se sentia confusa com tudo isso, mas quando estava com ele, nada mais existia.

-Eu também não, mas o que posso fazer se estou completamente apaixonada e não quero ficar sem ele por perto? - Ela deu de ombros. 
-Ta amiga, não quero cortar sua felicidade, nem ser chato, mas agora que ta no começo, ta tudo muito bom, tudo bonitinho, mas e depois? Uma hora você vai precisar saber algo mais, vai precisar dar um passo maior e será que ele vai querer dar esse passo? - Davi escolhia bem as palavras para não magoá-la. 
-Você fala, assumir um namoro? - Ela mordeu o lábio. 
-É, ou vão ficar nessa brincadeirinha pra sempre? 
-Não sei. Não quero saber Davi! - Ela levantou-se - Vamos viver um dia de cada vez certo? Eu sinto que ele esta começando a confiar de verdade em mim, e não vai demorar para que me conte tudo. - Ela sentou-se de novo. 
-Eu desejo que você esteja certa, porque não quero te ver despedaçada de novo. - Ele buscou a mão da amiga. 
-Eu sei, também não quero isso. 

O silêncio tomou conta do ambiente outra vez, até que ela lembrou-se de uma coisa importante:
-Pedro me disse que gosta de você, te acha um cara legal. - Ela sorria contando. 
-Hum, cuidado em bee, roubo ele de você. - Davi brincou bem humorado - Eu sei que sou encantador, todos me amam.
-Menos o Otávio, e por falar nele, mandou flores para mim ontem, o Pedro viu, ficou uma fera! - Ela despejava as novidades. 
-Otávio é um idiota, machista, pretensioso, arrogante, preconceituoso, nojento e eu poderia ficar aqui até amanha falando dos defeitos dele. Sabe o que eu quero? Que Pedro faça picadinho dele e jogue para os ratos comerem! - Davi faziam gestos enquanto falava isso com todo o desprezo do mundo. 
-Para, o Pedro só late, não acho que ele teria coragem de fazer algo contra alguém. - Ela se encolheu. 
-Sério? Pois eu acho que ele seria capaz de estraçalhar alguém que se meta com você. 

Sophie não respondeu, apenas refletiu sobre aquilo, e mal sabia ela o pequeno "Susto" que Pedro tinha dado em Otávio na noite anterior. 
...
Naquela quarta Feira, Otávio custou conseguir sair para trabalhar, estava com medo de dobrar a esquina e dar de cara com o "Motoqueiro" de novo, mesmo assim teve que ir e conseguiu chegar são e Salvo. Porém, até Augusto percebeu que ele estava meio desatento, assustado naquele dia e não pode deixar de perguntar:
-O que você tem Otávio, está doente? -  O velho advogado o analisava. 
-Não Doutor, estou bem, é só o calor que me deixa meio tenso. - Mentia. 
-Tem certeza? Ou tem algo que não esta querendo me contar? - Augusto o conhecia bem.
-Imagina, esta tudo ótimo. 
Decidiu que não falaria nada para ninguém, não correria o risco e ele estava certo em fazer isso porque da próxima vez, Pedro não ia perdoar. Mas Otávio ainda queria descobrir, qual a ligação entre ele e Sophie e como ele sabia das flores, e isso não demoraria muito a acontecer. 
...
-Então me diga, como andam as coisas aqui com a nossa "Filhota" - Sophie fez aspas se referindo a boate - Sei que ando meio afastada, não tenho dado a devida a tenção a nossa menina, mas você me entende né? 
-Claro, você esta vivendo uma paixão devastadora, quem nunca passou por isso? - Davi brincou bem humorado - Mas  eu estou sendo um ótimo pai solteiro ok? E ontem, enquanto você brincava no parquinho com seu Bad Boy eu fiquei aqui fechando o show sertanejo que faremos aqui na Precious.
-Sério? E para quando vai ser? Mês que vem? Já falou com o cantor? Quem você escolheu? Devia ter me consultado sobre isso! - Ela começou a tagarelar. 
-Sophie, Sophie! - Ele esticou as mãos para que ela se calasse - A partir do momento que você sai por aquela porta ali querida, você me dá carta branca para eu administrar a Precious, ou queria que eu te esperasse aparecer sabe Deus quando e do jeito que você esta retardada, ia convidar o seca pagodinho pra cantar aqui. 
-Nossa. - Ela fez bico - Não fala assim comigo.
-Ta, desculpa, mas é a verdade. Porem, vamos ao assunto que interessa, o show vai ser nesse sábado, inclusive eu já fiz os banners, soltei na internet e geral esta confirmando presença. - Ele beijou o ombro. 
-Esse sábado Davi? Já? - Ela quase caiu da cadeira. 
-Claro! Era o único dia disponível na agenda de Luan Santana, sabia que ele ia ficar de folga com a família, mas quando eu disse que era para você, ele topou na hora? 
-Quem? Luan Santana? - Ela estava cada vez mais chocada. 
-Não é um show sertanejo Sophie? - Davi perdeu a paciência - Quem melhor do que ele que é o maior sertanejo desse país? Além de ser todo jovem, descolado e gato, a cara de Precious, a mulherada vai pirar, vai ter gente se estapeando lá fora por um ingresso! 
-Eu sei, eu sei, só estou me perguntando que magia você fez para trazer Luan Santana aqui! 

Sophie levantou-se e foi até o frigobar pegar uma água e continuou:
-Tipo, quando tive a ideia dos shows sertanejo, imaginei que contrataríamos essas duplinhas que ninguém conhece, só pra fazer diferente e você me vem com Luan Santana? Ele deve ter cobrado uma fortuna, nós acabamos de abrir Davi!   
-Quem gosta de mixaria é mendigo minha filha, se é pra fazer vamos fazer uma coisa que preste. - Davi falou daquele seu jeito irreverente - E sim, ele cobrou uma fortuna,quer dizer, não ele, o pessoal que trabalha com ele, porque acho que pelo próprio Luan, viria de graça. Precisava ver como ele ficou feliz quando falei o nome "Sophie Oliveira"
-Pelo amor de Deus Davi, mesmo se corarmos isso aqui de gente, ainda vamos ficar no prejuízo com o valor desse cachê! - Ela olhava os papeis. 
-Ai Sophie, para de chorar, pensa no prestígio. 
-Eu estava planejando pagar a dívida com meu pai, você sabe. 
-Seu pai é seu pai, ele espera. - Davi deu de ombros. 
-Você é terrível. - Ela desistiu de argumentar. 
-Eu sou é maravilhoso e mais maravilhoso que eu, só Luan Santana. 
-Espero mesmo que seja. Mas vamos, temos que correr, temos que preparar tanta coisa, temos só dois dias e... 

E foi assim que ela se desesperou com pouco tempo e muito o que fazer. Era quarta, o show seria no sábado e muita coisa aconteceria neste dia. 
...

Algumas horas se passaram e quando a noite caiu, pedro resolveu dar as caras na casa de Tony, porém, a primeira pessoa que encontrou foi Mey:
-E aí Massaro, quanto tempo. - Ela chegou bem perto dele, corpos quase colados, para provocar. 
-Oi Mey. - Ele suspirou pesado. 
-E então, como anda sua missão super secreta com a ruivinha? - Ela cochichou no ouvido dele com voz sensual. 
-Eu já disse que não era para falar sobre isso, principalmente aqui. - Ele puxou nos cabelos dela a a afastou de si. 
-É, você disse, mas eu sou uma menina desobediente. - Ela sorriu. 
-E você sabe o que eu faço com meninas desobedientes não é? - Fuzilou-a com o olhar. 
-Quando vai concluir essa droga de missão e sair de perto daquela magrela? - Ela perguntou agora em tom sério. 
-Porque a pressa? Eu estou em divertindo muito com ela. - Pedro sorriu de lado, para provocá-la. 
-Você é um idiota mesmo, todos vocês homens são! - E depois de dizer isso ela o empurrou e saiu furiosa. 

Quanto a ele ficou só rindo dela, sabia que Mey não era nada perto do que Tony poderia fazer com Sophie e por falar nele, foi o próximo que apareceu, quase a tempo de ouvir a conversa dele com Mey:
-Hey Marasso, esta melhor? - O recebeu com uma braço quase caloroso. 
-Estou. - Pedro respondeu apenas isso. 
-Que ótimo, já estava sentindo sua falta por aqui, não ha ninguém como você para mim, sabe disso. - Tony olhava Pedro nos olhos - O melhor do grupo.
-Não deixe os outros te ouvirem. - Pedro ironizou. 
-Eles também sabem disso, se espelham em você, acredite! Não seriamos nada sem você Massaro. 

Pedro refletiu um pouco naquelas palavras, sem saber se elas eram verdadeiras ou não, mesmo assim calou-se, pois toda vez que olhava para Tony, tinha ódio pelo que ele lhe mandou fazer com Sophie:
-Mas me diga, nossa garota já voltou de viagem? 

Tony perguntou sorridente enquanto a mente de Pedro fervia - "MINHA garota, só minha!" - pensava com raiva, depois engoliu em seco, teria de responder alguma coisa sobre a mentira que inventou de Sophei estar viajando. 


[Continua]





Búh
kkkkk'
Tavam com saudade? 
Eu sei que anda falhando DEMAIS com vocês, 
mas é a correria da vida, fazer o que né 
Em fim, 
Gostaram da Dobradinha? 
Já pra ir "Abatendo" minha dívida gigante com vocês né? 
hahaha'

Maaaaaas, 
falando do que realmente interessa:
Pedro bravo como sempre, 
só que dessa vez por causa das flores que Otávio mandou, 
e como ele não podia deixar barato, foi lá e assustou o moço! 
O que acharam disso?
E vai ter o que? SHOW DO CANTOOOOOR! 
Porque se não tiver cantor nem que seja em um capítulo, ão ta bom prá nós!
né? kkkkk'
Aguardem fortes emoções no show do cantor! 
...
Mas e aí, 
Tony perguntou por Sophie, 
o que será que Pedro vai responder? 

OBRIGO VOCÊS A COMENTAREM VIU?

Sei que não tenho mais taaaaantas leitoras como tinha na fic passada, 
mas ainda te gente por aqui, 
então comentem suas preguiçosas, 
eu preciso de motivos para continuar além da minha paixão, claro. 
Vamos lá, no gááás! 

Vou esperar em! 

Tchau

Mayara
@Luansmyway

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Capítulo 29

Amorecos, antes de tudo quero indicar isso aqui ó ~~> http://boundlesslovels.blogspot.com.br/?m=1 É da Amanda, minha Fiel lindona, que voltou a escrever, bora da um confere lá? *--*

[...]

Perto de onde Pedro e Sophie estavam sentados, ficava a área do tremzinho, brinquedo destinado as criancinhas menores, e tudo corria bem por lá. Até que em determinado momento, Pedro, que tinha verdadeiros "Olhos de Águia" e estava sempre atento a tudo, percebeu que um garotinho de mais ou menos três anos tinha enroscado o pé nos pequenos trilhos onde corria o tremzinho e não conseguia tirar. 

O pequeno três cheio de crianças andava normalmente, o responsável pelo brinquedo estava distraído conversando com uma mulher e o garotinho parecia sozinho ali, preso, e começando a ficar desesperado, porém, bastou apenas uma questão de segundos para que Pedro agisse. 

Ele levantou-se e correu, em seguida pulou o cercadinho de proteção que havia em volta do brinquedo e na agilidade, chegou até o menino e desprendeu o pé dele, dois segundos antes do trenzinho completar sua volta e esmagar o pé do garoto. 

Quando tudo isso aconteceu, chegaram Sophie, o maquinista do brinquedo e a mulher que estava com ele, todos afobados:
-O que aconteceu? - O homem perguntava. 
-Filho? Filho você esta bem? - A mulher chamou o garotinho. 
-Ele esta bem, mas podia não estar, tudo por causa da desatenção de vocês. - Pedro falou com indignação. 
-Como assim? O que aconteceu? - Sophie se manifestou. 
-O menino estava preso, o trem ia passar em cima do pé dele e ninguém se quer o viu entrar aqui. - Pedro respondeu. 
-Eles estavam aguardando na fila para ir na próxima, eu me distraí um segundo e... 
-É, só que você não é pago pra se distrair. - pedro já estava perdendo a paciência. 
-Foi um deslize... 
-Então procure outro emprego! - pedro deu um passo para mais perto do homem. 
-Que foi amigo? Ta querendo confusão? - pa rapaz que era mais baixo que Pedro, enfrentou mesmo assim. 
-Não, nada de confusão. - Sophie se colocou entre os dois - Vamos Pedro, esta tudo bem agora. - Ela o puxava - E a senhora, devia cuidar melhor do seu filho. - Fuzilou a mulher com o olhar - Vem Pedro, vem! - o puxava enquanto ele encarava o outro rapaz. 

Até que Sophie conseguiu o convencer de saírem dali, voltaram ao banco onde estavam e ela pegou seu leão enorme que ele mesmo tinha ganhado pra ela no jogo de tiros:
-Posso te falar uma coisa? - Ela que se pôs de pé na frente dele, abraçada com o leão de pelúcia, perguntou.
-Não sei se é uma boa hora. - Ele sentou-se, cruzando as mãos sobre os joelhos, olhando para o outro lado. 
-Você é muito brigão, tem que relaxar. - Ela falou mesmo assim - Acabou de salvar um garotinho. 
-Essa gente irresponsável me tira do sério, se não sabe cuidar de uma criança, não tenha uma criança! - Ele ainda estava revoltado. 
-Concordo com isso, mas você não pode ficar nervoso e sair brigando com todo mundo por isso. - Ela explicava carinhosamente. 
-Eu sou assim, perco a paciência rápido! 
-Vamos trabalhar isso ok? - Ela abaixou-se na frente dele, colocando o leão de pelúcia entre os dois - Mas foi incrível o que você fez pelo menininho, eu nem vi que ele estava preso. 
-Eu só... Observo. - Ele deu de ombros, mais calmo - Você devia fazer o mesmo, só assim não é pega de surpresa. - Ele já estava pensando no futuro dela. 
-Fala sério, a gente tinha acabado de se beijar, eu ainda estava querendo lembrar do meu próprio nome. - Ela falou bem humorada, ele sorriu finalmente. 
-Hum, então quer dizer que meus beijos te fazem esquecer até seu próprio nome? - Ele a puxou para que se sentasse perto dele. 
-Não fique convencido, eu não devia ter dito isso. - Ele ficou envergonhada. 
-Mas eu gostei de saber. - Ele sorriu pra ela. 
-Eu que estou gostando de te conhecer melhor de certa forma. Já sei que você atira super bem e é um ninja observador e salvador de criancinhas indefesas. É Pedro, você não é tão malvado quanto disse ser. - Ela comentava divertida. 
-É, vai ver eu não sou mesmo tão malvado. - Ele mesmo refletiu em sua própria frase. 

Mas convenhamos, caras maus não levam garotas para parques de diversões, nem para  passear na praia, não lhe dão bichos de pelúcia de presente, não preparam noites românticas com rosas e velas, mas principalmente, caras maus não demonstram sentimentos, não se deixam apaixonar e nem arriscam seu próprio pescoço por uma garota que mal conhecem. Mas convenhamos também que ela não era nem nunca seria "qualquer garota". 

Depois daquele papo e de mais uns beijos, continuaram sua maratona, foram em maus uns brinquedos radicais, depois em outros mais tranquilos,e assim a atarde foi se esvaindo, porque como diz o ditado, rudo que é bom dura pouco, e com eles essa regra não era diferente. 

Estavam lado a lado na roda gigante, o ultimo brinquedo daquela série, até que ela falou:
-Quis deixar a roda gigante por ultimo, só pra ver o fim da tarde daqui de cima. - Ela falou quando chegaram lá no alto. 
-É bem bonito mesmo. - Ele observou a beleza do rosto dela misturada ao fim de tarde. 
-Mas tenho um pouco de receio com esse brinquedo, talvez porque ele sempre trava nos filmes a as pessoas ficam presas aqui em cima. - Ela comentou sorrindo. 
-Não se preocupe, se ficarmos presos, coloco você nas costas e descemos por esses ferros aqui, tranquilo. - Ele estava falando sério, mas ela achou que era brincadeira e riu. 
-Ta bom super homem, ou melhor, você salvou um garotinho que estava com o pé preso, tudo bem, mas isso ai já é demais. - Ele também sorria dela não saber de nem metade das coisas que ele era capaz. 
-É, talvez eu tenha exagerado.
-Só um pouco. - Ela olhava ao longe, agora estavam em baixo, prestes a subir novamente. 
-Mas você estava falando dos filmes... - Ele lembrou - Não são só cenas de pânico que acontecem nas rodas gigantes, mas também cenas românticas.
-Ah é? - Ela voltou o olhar para ele, interessada naquele assunto. 
-É, como beijos assim ó. 

E então lhe beijou de surpresa, e ela correspondeu claro, embalados pela magia do momento... Roda Gigante, por do sol, aquilo estava mesmo parecendo um filme da sessão da tarde:
-Agora tive a ultima prova, você não tem nada de malvado. - Ela comentou ao fim do beijo, sorriram juntos. 
-Existem pessoas e pessoas, e você só merece o meu melhor, já disse. - Ele olhou para a frente, mas ela continuou o olhando. 
-Isso é bom, fico mais tranquila, porque você fala tanto desse seu lado mal que tenho até medo. - Ela zombou, mas ele sabia do que realmente falava. 
-A propaganda é a alma do negócio. - Ele brincou e ela apenas sorriu - Mas não vamos mais falar disso, nosso passeio esta quase acabando e eu preciso aproveitar você. 

Então, ele lhe deu mais um beijo, para que não falasse demais, e depois outro e outro, e foi assim até o fim do passeio de roda gigante, quando finalmente saíram do parque, pegaram a moto e seguiram em direção a casa dela. Chegando lá, ela nem precisou convidar e ele já foi entrando. Sabia que o velho Augusto não estava em casa, e se estivesse, não queria nem saber.

Assim que chegaram no quarto, ele já foi tirando a camisa e ela não pode deixar de comentar:
-Já se sente tão em casa assim que chega tirando a roupa? - Sophie estava divertida. 
-Não é isso, só estou devolvendo as roupas do Davi. - Ele respondeu natural tirando a bermuda também. 
-É só isso mesmo? - Ela o abraçou por trás, passando as mãos por seu peito forte e barriga definida, em seguida beijou as costas dele, que sorriu com o carinho. 
-Tenho, você que esta ai cheia de má intensão. - Ele virou-se de frente para ela, segurou suas duas mãos e deslizou mais uma vez por seu corpo - Abusando de mim, se aproveitando da situação. 
-Mas olha só, você esta na minha casa, tirando a roupa e quer que eu finja que não vi nada? - Ela se fingiu indignada. 
-Tudo bem, eu deixo você se divertir um pouco, mas só um pouco. - Apontou o dedo.
-Ah, era isso que eu queria ouvir, então a diversão vai começar mesmo é agora! 

Dali se deixaram cair na cama, para mais uma vez, fazerem o amor que ainda não tinham confessado um para o outro, porque até então, apara eles não era amor, era apenas uma paixão, grande, forte e ardente, mas era cedo pra falar de amor. 

"E eu a tive para mim mais uma vez, e a cada transa, era como se ela arrancasse mais um pedaço meu e tomasse para si. Mesmo sem saber ela estava dominando meu corpo, meus pensamentos, meus atos, minha vida, estava se tornando dona de mim de uma forma que eu mesmo nunca fui. Sophie era meu transporte para o seu e o inferno, e ficava me lavando pra baixo e para cima, porque ao mesmo tempo que eu me sentia nas nuvens nos braços dela, sabia que ela era meu inferno, minha perdição. Assim como eu a chamava de anjo, assim como ela cumpria esse papel me trazendo paz e leveza, também era minha maldição, meu fim, e era inevitável pensar nisso até naquele momento."

"E foi lindo mais uma vez, eu estava onde queria estar, com quem eu queria estar, com ele. As vezes, eu me perguntava mentalmente se Pedro existia de verdade, porque ele era perfeito, e se tinha algum defeito gravíssimo, eu queria desconhecer para sempre. Depois daquele dia maravilhoso, cheio de sorrisos e alegria, encerramos com a explosão que era o encontro de nossos corpos, e ele me fez sua mais uma vez, o que não sabia, era que depois de ser dele, eu não poderia, nem conseguiria ser de mais ninguém, mesmo que quisesse. Eu costumava dizer que aquilo era "A marca do destino", e ele marcou nós dois, para sempre."

-Agora eu tenho que ir, aliás, já deveria ter ido a muito tempo. - Ele falou, depois de um tempo, após a maratona de amor, beijando a cabeça dela que estava deitada sobre seu peito. 
-Já? - Resmungou. 
-Passamos o dia todo juntos, já anoiteceu anjo. - Ele sorria. 
-E se eu pedisse pra dormir aqui? - Ela o olhou. 
-Não posso. - Negou mesmo querendo ficar. 
-Droga. - Ela reclamou e fez bico. 
-Você vai com muita sede ao pode menina, a gente da a mão você quer o braço. - Ele tentou levantar-se enquanto falava isso bem humorado. 
-Quero o corpo todo, será que não entende? - O puxou de volta pra cama, ele revirou os olhos. 
-Não dificulte as coisas, preciso mesmo ir... Aliás, não quero dar de cara com seu pai, não hoje, sinceramente, ele estraga meu humor. - Foi sincero, ela fez careta. 
-Tadinho, não fala assim dele. - O deixou levantar finalmente. 
-Ah Sophie, sejamos sinceros, ele não gosta nem um pouco de mim não é? - Ela não respondeu - Vamos, a verdade! 
-Não, ele não gosta de você, mas ele nem te conhece, tenho certeza que vão se dar bem um dia. 
-Ta bom. - Ele ria enquanto se vestia, dessa vez suas roupas negras. 
-Se ele é o problema, você fica aqui no quarto, pego comida pra gente, ele nem vai saber que esta aqui. - Ela procurava meios como uma adolescente travessa. 
-Ele é só um dos problemas. - Resmungou - Não dá, de verdade, me desculpe. - Chegou perto dela e lhe deu um selinho. 
-Ta, não vou mais insistir, afinal, já ganhei um dia todo com você e isso é um passo enorme pra humanidade. - Ela deitou-se novamente e virou para o outro lado. 
-Ei, não vai me lavar até a porta? - Ele reclamou. 
-Ué, não sabe o caminho? - Ela estranhou. 
-Sei, mas hoje quero que me leve, pra variar. 

Então ela vestiu apenas uma camisola que encontrou jogada pelo chão e desceram, ainda trocando algumas caricias, mas quando chegaram na sala, deram de cara com Zuma, a empregada, segurando o buquê de flores:
-Que isso Zuma? Ganhou flores foi? - Sophie perguntou divertida. 
-Quem dera, são pra você. - A empregada respondeu e entregou o buquê a Sophie que olhou imediatamente para Pedro com um ar interrogativo. 
-Não me olhe, não fui eu, mas garanto que estou mais ansioso que você para saber quem foi. - Ele cruzou os braços, já ficando enraivecido. 

Sophie olhou para as rosas vermelhas, não fazia ideia de quem podia ter mandado aquilo, até que leu o cartão que dizia:


"Rosas vermelhas para a moça dos cabelos vermelhos! Espero que goste, elas são pra te lembar que esta me devendo um jantar. Me liga depois? 
Beijos, Otávio."

-Otávio...  - Pedro resmungou - Não é aquele advogado que estava com você um dia na Precious? 
-É, é ele sim. - Ela mordeu o lábio. 

[Continua]





Com esses últimos capítulos, chegamos a conclusão de uma única coisa:
-Pedro não é mal! 
Muito pelo contrário, ele é maravilhoso...
Maaaaaaas, 
bem extressadinho né? 
 O que será que ele vai dizer sobre essas flores que Otávio mandou? 

Aguardem! 

Beijokas
Mayara
@Luansmyway

sábado, 18 de outubro de 2014

Capítulo 28

[...]

-Eu adorei! Meu Deus a quanto tempo não venho a um parque de diversões? Acho que desde criança! 

Ela falava olhando tudo maravilhada enquanto ele suspirava aliviado por ter acertado no lugar:
-Mas porque escolheu este lugar? - Ela perguntou - Lembrando que meu juramento de não fazer perguntas vale só para sua vida pessoal e não para o resto. - Lembrou-se divertida, ele sorriu. 
-Eu sei. Mas respondeu sua pergunta, escolhi isso aqui porque você tem a leveza de uma criança, e me passa isso. Quando estou com você todos os problemas somem, e a vida se torna divertida como um Parque de Diversões. - Ele a puxou para perto enquanto falava. 
-Ah Pedro... Que lindo isso. - Ela acarinhou seu rosto. 
-É, viu só, além de tudo eu também sei falar coisas bonitas, você realmente ganhou na loteria! - Zombou. 
-Ô, e como. - Riram juntos - Então? Vamos entrar ou não? Quero andar em todos os brinquedos! 
-Quero só ver se essa animação toda vai durar mesmo. 

Então guardaram a moto e entraram. Mesmo sendo uma terça feira pela manha, o parque estava bem movimentado, cheio de crianças com suas famílias, jovens, casais, em fim, todo tipo de gente, isso era bom e ruim para Pedro, porque ao mesmo tempo que estava camuflado pelas pessoas poderia encontrar um conhecido a qualquer momento, mesmo assim resolveu arriscar, pois pelo menos Tony ele tinha certeza que não encontraria naquele lugar.

-A gente pode comer alguma coisa antes? Tô cheio de fome. - Ele perguntou. 
-Claro, pode ser cachorro quente? Eu adoro cachorro quente de rua. - Ela sugeriu animada. 
-Sério? Logo você que só deve comer caviar? - Ele ria enquanto se dirigiam ao carrinho mais próximo. 
-Argh, você faz uma ideia muito errada de mim. - Ela revirou os olhos. 
-Dois completos por favor. - Ele pediu e em seguida arranjaram um lugar para sentarem - Sei lá, você é uma burguesinha e... 
-Ei, você disse que não me chamaria mais assim! 
-Opa, esqueci, perdão meu anjo. - Falou todo carinhoso. 
-Assim esta melhor. 

Não demorou muito para que o lanche deles chegasse, então atacaram sem pensar e ele riu dela que na primeira mordida já estava toda lambuzada:
-Olha só, aquela garotinha ali da mesa ao lado se sujou menos que você. - Ele apontou para uma menininha que comia acompanhada de seu pai. 
-Não tem graça comer isso aqui sem se sujar ok? - Falou de boca cheia. 
-É, você esta realmente me surpreendendo. - Ele sorria sem parar, ela era encantadora. 
-Que é? Esta decepcionado? Achou que eu comia como um passarinho? Era cheia de modos e frescuras? - Ela tentou se limpar.
-Achei. - Ele confessou. 
-Minha mãe dizia que isso tudo era besteira, que não servia para nada, só privava a gente de ser feliz. Os pais dela foram muito rígidos, sempre, obrigando ela a fazer aulas de etiqueta, a aprender como se comportar a mesa e tudo mais, só que depois que cresceu, ela viu que nada disso importava tanto. Ela falava exatamente assim: "Ser uma menina educada é importante, mas só até a página dois, a partir do momento que tudo isso estiver atrapalhando um momento feliz, esqueça!" - Sophia se lembrava e ele só prestava atenção - Ela tinha total razão não acha? 
-Sim, ela tinha. Ela fez de você a melhor pessoa do mundo, acredite. 
-É, ela era a melhor do mundo também. - Um fio de tristeza passou pelos olhos dela - Mas mudando de assunto, eu queria fazer uma pergunta, mas acho que você não vai querer me responder. - Deu outra mordida no cachorro quente. 
-Lá vem você! - Ele reclamou - Mas vamos lá, hoje eu estou de bom humor. 

Ele também deu uma mordida, e ela sorriu feliz pela chance que tinha, então fez logo a pergunta que nem era tão grave assim:
-Você me disse que trabalhava, e que era tipo o braço direito do seu chefe, que fazia de um tudo, mas hoje é terça feira, horário comercial e você esta aqui. Perdeu o emprego? - Pedro sorriu da inocência dela. 
-Não, não perdi o emprego Sophie. É que meu chefe me deu folga hoje, pelo menos até o fim da tarde. - Mentia em partes. 
-Ah, entendi. Esse cara me pareceu generoso agora. - Ela continuou a comer. 
-Nem tanto, pra falar a verdade eu estou de saco cheio dele. - Sim,a quilo era a mais pura verdade. 
-Sério? Deve ser um saco mesmo ter alguém mandando em você todo o tempo. 
-É, você nem imagina. Sorte a sua que "É a chefe!". - Ele brincou. 
-Mas eu sou uma chefe suuuuuper legal, além do mais, na Precious, só mando no Davi, porque nos outros é ele que manda e ele adora mandar! - Sorriram juntos. 
-Você gosta muito dele né? - Pedro deu um gole no refrigerante enquanto esperava a resposta. 
-Eu adoro ele, é meu parceiro, meu melhor amigo desde sempre, esta comigo em todos os momentos... Davi é a melhor pessoa que já conheci nessa vida, eu jamais o abandonaria por nada e seu que ele também não. - Ela falou com brilho nos olhos. 
-É, ele me parece um cara legal... Tirando os gostos... bem, meio estranhos. - Pedro ficou sem jeito, Sophie sorriu. 
-Se você for um desses caras machistas e preconceituosos pararemos por aqui ok? - Ela apontou o dedo - Pense pelo lado bom, menos um concorrente para você na incessante "Caçada por mulheres"
-Não, não tenho nenhum tipo de preconceito, aliás eu não tenho nada a ver com a vida de ninguém. - Ele jogou as mãos para o ar - Só não entendo como ele pode... Ai, em fim, mesmo se ele gostasse de mulher, não seria pário para mim na "Caçada por mulheres". - Ele imitou o gesto dela.
-Huuuuum, quanta confiança em si mesmo em! - Ela zombou. 
-Meu sobrenome é confiança, não é a toa que eu estou aqui com você hoje, porque quando eu quero, eu consigo. - Lhe lançou um olhar sedutor. 
-Pois eu espero que você não esteja querendo nem uma outra enquanto esta comigo, porque eu sou uma menina egoísta e não gosto de dividir ok? - Ela chegou mais perto do rosto dele.
-Ok, talvez eu tenha ficado com um pouco de medo agora, pode deixar, nada de dividir. - Ele sorria, imaginando ela brava por ciúmes. 
-ótimo! Terminou? Vamos, estou ansiosa para começar nossa maratona! - Levantou-se animada. 
-Desse jeito vamos vomitar nas pessoas, ou um no outro, o que é bem pior. - Ele brincou levantando-se também.
-Ah, não seja um fraco! Vamos. 

Então, Pedro pagou a comida e em seguida foram para a fila dos ingressos dos brinquedos que não estava tão enorme assim. Esperaram um pouco, conversando e rindo, até que chegou a vez deles e Pedro mais uma vez tomou a frente da situação, comprou tíquetes para todos os brinquedos do parque e mais alguns caso quisessem repetir as voltas, depois pagou tudo com um "macinho" de dinheiro bem interessante, enquanto ela ficou só olhando e se perguntando quando será que ele ganhava, E se aquele dinheiro todo não lhe faria falta. Mesmo assim, resolveu não questionar, e daí, seguiram para os brinquedos:
-Então, por onde vamos começar? - Ele perguntou animado.
-Que tal pelos brinquedos de dardos, de tiros, até a comida assentar um pouco? - Ela ria. 
-Ótimo. 

Então se dirigiram a uma barraquinha de tiro de chumbinho, desses com coisinhas que parecem revolveres. Nesse caso, tinham três tiros para derrubar um dos bichinhos que se movimentava a todo momento:
-Ai, isso é impossível, eles ficam se mexendo prum lado e pro outro. - Sophie já foi pessimista. 
-Você nem tentou, começa vai. 

Assim, sem o menor jeito, ela usou seus três tiros e errou os três, enquanto os bichinhos se moviam de um lado pro outro, pra cima a pra baixo. Pedro só observava a falta de jeito dela, mas já era de se esperar:
-Ta vendo, impossível. Vai você agora. - Ela fez bico entregando a arminha a ele. 

Então, sem nada dizer, Pedro mirou, disparou o primeiro tiro e de cara acertou um dos bichinhos, depois disparou os outros dois e acertou mais dois bichinhos fazendo Sophie e até o rapaz que trabalhava na barraca, ficarem boquiabertos:
-Como... Você... Nossa! - Ela falou enquanto ele ria. 
-Parabéns moço, você é bom, já fez algum curso de tiro? - O rapaz da barraca perguntou. 
-Não, mas já vim aqui algumas vezes. - Ele respondeu apenas isso. 
-Pode escolher o prêmio então. - O homem apontou para uma prateleira cheia de bichos de pelúcia enormes. 
-Quero esse leão aqui. - Pedro escolheu um leãozinho sorridente.
-Aqui esta, obrigado e voltem sempre. 

Em seguida, Pedro pegou o leão, o olhou um pouco e entregou a Sophie:
-Aqui, para se lembrar de mim. - Sorria. 
-É lindo. - Ela abraçou o bichinho que era metade do tamanho dela - Parabéns, você pareceu um atirador profissional! - Ela falou inocentemente, ele ficou sério por um momento. 
-"Eu sou um atirador profissional." - Pensou - Foi sorte. Vem, vamos naquele das bolinhas agora, tenho certeza que você vai conseguir. 

Depois foram em um que tinham que acertar duas bolinhas em um buraco, Sophie conseguiu acertar uma, e ele, para não dar tanta bandeira errou as duas de propósito. Em seguida, partiram para os dardos, mas nesse sinceramente Pedro não era mesmo bom, muito menos Sophie, e assim, passaram pro todos esses joguinhos de pontaria, só então indo para os radicais. 

Começaram pela montanha rusa e se identificaram pois nenhum dos dois tinha medo dos brinquedos radicais, pelo contrário, adoravam. Se divertiram muito, gritando, sorrindo, brincando. Também fizeram uma parada para almoçar no restaurante ali perto, depois deram uma pausa para a digestão,sentando-se num banco a sombra, enquanto ela comia um algodão doce:
-Quer? - Perguntou a ele. 
-Não gosto de algodão doce, esse negócio é horrível. - Ele fez careta. 
-Ta ai, primeira pessoa que conheço que não gosta de algodão doce. - Ela riu, aninhando-se junto a ele. 
-Sou diferente de todo mundo, você já devia saber. - Ele olhou ao longe, seu tom era neutro. 
-É, é verdade. 

O silêncio se fez entre eles por um instante, mas ela fez questão de quebrá-lo:
-Obrigada por este dia tão perfeito. - Buscou os olhos negros dele. 
-O dia ainda não acabou, não é hora de agradecer. - Ele sorriu de canto. 
-Mas eu sei que o resto dele vai ser maravilhoso. 
-Lembra do que eu sempre digo? Só quero dar a você momentos bons. - Ele acariciou os cabelos vermelhos dela. 
-Esta fazendo isso muito bem. 

Então, se beijaram carinhosamente ali, sem se preocupar com o mundo a sua volta, com os problemas, os compromissos. Estavam num mundo mágico e era como se ninguém, nem nada pudesse os atingir ali. 
-Eu quero que saiba que, eu sou muito feliz quando estou com você. - Ele confessou baixinho, com um tom de amargura na voz.
-Eu também, muito feliz. - Ela respondeu em mesmo tom. 

Porem, depois de mais um beijo, naturalmente Pedro voltou a olhar para os brinquedos que funcionavam a todo vapor, foi aí que viu uma coisa que fez com que todos os seus sentidos ficassem alertas. 


[Continua]




Awwwwwwwwwwwwwwn'
Fofos! 
Mas e aí?
O que será que Pedro viu em? 

Oooooooooutra coisa, 
vocês lembram de um certo show ai que eles tavam planejando para acontecer na boate?
hahaha'
Vai rolar logo logo! 
Fortes emoções! 

AGUARDEM!

Beeeeeeeeeijos

Mayara
@Luansmyway

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Capítulo 27

[...]

-Acho que eu tô sonhando. 

Essas foram as primeiras palavras que ela pronunciou, arrancando dele um sorriso sincero:
-Não, você não esta. - Ele sentou-se pertinho dela lhe entregando a rosa. 
-Hum, uma rosa branca! Você não é tão malvado quanto diz que é né? - Ela ajeitou-se, sentando-se também enquanto admirava a rosa. 
-Engano seu, sou tão mal que roubei esta rosa do canteiro do vizinho agora a pouco. - Ele confessou arrancando uma gargalhada dela. 
-Ah Pedro, você podia ter mentido, só pra eu acreditar que um dia você seria um romântico. 
-"Eu ja minto demais pra você." - Pensou - Nada disso, só assim mantenho minha postura de mal elemento. 
-Ta bom mal elemento, como conseguiu entrar aqui? Arrombou minha janela? Fez alguém de refém? Torturou a empregada para que ela abrisse pra você? - Sophie falava aquilo inocentemente, mal sabia que ele já tinha feito todas aquelas coisas na vida. 
-Não, não precisei usar desses métodos, apenas o meu charme e sorriso foram suficientes para convencer a empregada. - Ele falou todo convencido. 
-Nossa! Incrível! - Ela fez careta, ele lhe deu um selinho rápido - Mas me diga, a que devo a honra desta visita matinal? 
-Saudades? - Ele falou de um jeitinho fofo, ela sorriu. 
-Estamos progredindo né? Já esta sentindo saudades... É um bom sinal. 
-Viu, é só ter paciência que as coisas acontecem. 

Se olharam por um instante, ele, admirando a beleza natural dela, quase não tinha diferença ao acordar daquela de todas as noites na boate. E ela, ainda duvidando de que ele estava mesmo ali, fazendo o seu dia começar maravilhosamente bem:
-É, então já que a vida me deu esse presente eu vou aproveitar!
E depois que disse isso, Sophie fez com que Pedro caísse na cama e pulou por cima, lhe dando um beijo carinhoso porem inocente, sem más intensões. Ele percorreu as mãos pelo corpo dela envolto apenas com uma camisola fininha de flanela, mas não passou disso, era apenas um carinho. 

Até que pararam o beijo e ele voltou a sentar-se, porem com ela em seu colo, as pernas envolvendo seu quadril e os braços seu pescoço, já ele a segurava pela cintura, se olhavam nos olhos:
-Topa passar o dia comigo hoje? - Ele perguntou e em seguida mordeu o lábio inferior dela. 
-Sabe que nem precisa perguntar. 
-Isso é bom. - Sorriram. 
-Onde vamos? Vai vendar meus olhos de novo? 
-Não, hoje quero que você veja tudo. - Ele acariciou o rosto dela. 
-ótimo, me dá dois segundos pra eu tomar um banho e me vestir? 
-Como se você fosse ficar mesmo pronta em dois segundos né? - Pedro a libertou para que levantasse. 
-Vou ser rápida, prometo... - Ela correu, mas ao chegar na porta do banheiro parou - A não ser que você queria tomar banho comigo. - O olhava por cima do ombro, com ar de menina travessa, ele sorriu mordendo o lábio. 
-Mais tarde, ou não vamos sair daqui hoje. - Achou melhor resistir. 
-Tudo bem. 

Então, enquanto ela foi tomar seu banho, ele ficou analisando o quarto, as fotos, os enfeites e tudo que tinha ali, absorvendo tudo que tinha a ver com ela, para guardar como lembrança quando não a tivesse mais... mesmo sem querer, ele rodava, rodava e parava na velha questão de sempre, o futuro, o que aconteceria com Sophie e até com ele mesmo. Sabia que estava cavando a própria cova fazendo esses momentos todos acontecerem, mas queria, precisava viver a felicidade ao menos uma vez na vida.

Estava distraído nesses pensamentos que quando viu, Sophie já estava pronta, vestindo uma roupinha fresca que combinava perfeitamente com o dia ensolarado que fazia lá fora:
-Vem cá, você não tá com calor não? - Ela andava pelo quarto exalando seu perfume. 
-Não, deveria? - Ele deu de ombros. 
-Cara, ta fazendo uns 38 graus lá fora com sensação de 42, e você ai todo de preto, de jeans, jaqueta, pelo amor de Deus! - Sophie e sua sinceridade. 
-Porque você tem tantos problemas com o que eu visto? - Ele ficou indignado. 
-Só estou pensando no seu bem, depois você desmaia do meu lado... 
-Talvez esteja um pouco quente sim. - Ele deu o braço a torcer - Mas eu gosto de me vestir assim, é a minha identidade, você devia aceitar. 
-Eu aceito coisa linda - Ela chegou perto dele - Mas, acho que além de mais confortável, você ficaria lindo com alguma coisa branca, azul, verde... - Tirou a jaqueta dele. 
-Sinto muito, não tenho cores no meu armário, aliás, acho que eu nem tenho armário. - Ele confessou bem humorado. 
-Se quiser minha ajuda pra mudar isso... 
-Não senhorita, a programação de hoje é outra. - Ele apontou o dedo.
-Eu sei, eu sei, não estou falando hoje, um dia! 
-Então hoje você vai ter que se conformar, vem... - Ele a puxou para saírem. 
-Não, não espera, eu tenho a solução! 
-Não vamos fazer compras hoje Sophie. - Ele revirou os olhos. 
-Não bobo, a solução esta bem aqui no meu armário! - Ela correu até o closet. 
-Ah, você vai me emprestar uma roupa sua? - Ele não acreditava no que estava vendo. 

Ela não respondeu, ficou alguns minutos lá dentro e depois voltou carregando algumas peças:
-Acho que as minhas iam ficar um pouquinho pequenas em você, mas essas aqui vão cair como seda! - Estendeu uma bermuda branca e uma camisa polo listrada nas cores da marinha, azul, branco e vermelho. 
-Posso saber porque você tem roupas de homens no seu armário? - Ele cruzou os braços, sério. 
-São do Davi! - Ela sorria - São looks emergenciais, caso algo aconteça, tem roupas dele aqui, caso precise. - Ela explicou. 
-Do Davi? - Ele arqueou a sobrancelha. 
-É, as vezes ele dorme por aqui, ai não precisa ir até em casa buscar mudas de roupa.... 
-Ah, ele dorme aqui? - Pedro voltou a cruzar os braços. 
-Ah Pedro, ele é inofensivo, você sabe. - Ela revirou os olhos, ele sorriu. 
-Eu sei, só estou brincando com você. 
-Então... - Ela balançou as peças de roupa. 
-Não sei, e se ele não gostar da ideia? 
-Tem milhões de roupas dele aqui, nem lembra mais. Aliás, ele é o principal interessado em que você abandone essas roupas negras e venha para a luz. - Sim, isso era verdade. 

Pedro pensou um pouco, olhou para a roupa, depois para ela que estava impaciente, então decidiu por fim:
-O que eu não faço por você em? - relaxou por fim. 
-Aê, perfeito! Pode começar a fazer um strip ai mesmo já que vai tirar a roupa, que seja aqui para mim. - Ela sentou-se na cama para apreciar. 
-Mas olha só que saidinha que ela esta hoje! - Ele brincou enquanto começava a se despir. 
-Tanananana - Estalou os dedos várias vezes, no ritmo de uma musica de Strip tease - Tanananana. 

Mas enganou-se se pensou que ele ia se envergonhar com aquilo, pois em vez disso fez o que ela queria e sensualizou tirando as roupas, lhe lançando olhares provocantes e sorrisos sedutores. Mas a intensão não era aquela, e sim, Pedro vestir a roupa que ela queria. 

Então, depois de finalizado o processo, até ela se espantou com a diferença, parecia outra pessoa:
-Ficou perfeito! - Ela o olhava. 
-Não sei... - Ele reclamava se olhando no espelho. 
-Ta bom, se não estiver se sentindo a vontade, pode colocar a sua de volta, não precisa fazer nada só pra me agradar. - Foi compreensiva. 
-Não é isso anjo. - Ele continuava a se olhar no espelho - É que... Faz muito tempo que eu não uso nada assim. - Ele recordava-se de um passado distante, ates de entrar para o grupo de Tony. 
-Então você já se vestiu assim antes? - Ela perguntou sem pensar, ele a olhou com cara de repreensão - Desculpe, sem perguntas. 

Então Sophie se afastou um pouco, deixando que ele olhasse mais um tempo para sua própria figura. E por um momento Pedro pareceu viajar, sair dali, mas logo voltou e quando isso aconteceu, ele bateu palmas animado:
-Então, agora podemos ir? 
-Vai ficar assim? - Ela ficou radiante. 
-Vou, só hoje. - Ele sorriu ternamente. 
-Então o que estamos esperando? Temos um dia todo pela frente! 
-É, mas eu quero um beijo antes! 

Assim se beijaram mais uma vez, e outra, e outra, sorrindo entre os beijos, felizes como dois adolescentes apaixonados e idiotas. Só então saíram, montando na moto e ganhando as ruas do Rio de Janeiro, abraçadinhos como gostavam, prontos para um dia todo juntos, até que chegaram ao destino que ele tinha planejado:
-Um parque de diversões? - Ela perguntou ao tirar o capacete. 
-Isso ai, o que achou da ideia? 


[Continua]




Amores, 
capítulo pequenino, eu sei, 
mas é a vida, 
vou tentar caprichar mais esse fim de semana. 

Mesmo assim, fofo! 
hahahaha'
Sophie fez Pedro abandonar as roupas pretas por um momento, 
E ele a levou num parque de diversões! 
Na verdade eu tinha pensado em outra coisa, 
mas a @SonhocomOLuanS deu essa ideia e eu gostei mais! 
BRIGADA VIU AMOOOOR! ♥

Mas será que Sophie vai gostar disso? 
Ou não? 

Aguardem! 

Beijokas
Mayara
@Luansmyway